Vale a pena reformar um barco de fibra de vidro?

Vale a pena reformar um barco de fibra de vidro?

Neste artigo vamos abordar uma questão muito polêmica: vale a pena comprar um barco de fibra de vidro para reformar?

Pode parecer uma boa ideia comprar um barco de fibra de vidro usado para reformar, ao invés de construir um barco do zero. Afinal, o casco está pronto, o trabalho necessário é bem menor, certo? Não exatamente. Antes de decidir reformar um barco, você deve estar atento a algumas questões muito impotantes. Barcos de fibra de vidro são fabricados com resina poliéster, que é sucetível a osmose, e os problemas estruturais associados a osmose podem, muitas vezes, comprometer um casco além do limite do que seria possível reformar.

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Em um barco de fibra de vidro, a osmose começa quando há infiltração de água, seja através do casco devido danos no gelcoat, seja por meio dos inúmeros furos no deck (fixação de ferragens, guarda-mancebos, passagens do mastro, fusis, etc) e no casco (pé de galinha, válvulas passa-casco). Com o tempo a água absorvida pelo casco se distribui por todo o laminado e aos poucos compromete estruturalmente o casco. O maior problema é que é difícil detectar a osmose e avaliar o estado do laminado, pois o gelcoat esconde a fibra de vidro. E é muito fácil maquiar um barco para ele parecer quase novo. Aprender como identificar os problemas em um casco de fibra de vidro é o primeiro passo para fazer uma avaliação confiável do estado de um casco, e se vale a pena reformá-lo.

No Curso de Reparos em Barcos de Fibra de Vidro ensinamos como localizar os problemas, como diagnosticar o estado do casco, e como definir quais os procedimentos para reparar este casco. Ensinamos também quais os materiais corretos para realizar reparos estruturalmente sólidos e duráveis, com qualidade e bom acabamento. Muita gente não sabe, mas não se deve usar resina poliéster para fazer reparos estrutuais em cascos de fibra de vidro, mesmo que os barcos a serem reparados sejam fabricados com este material. A resina mais apropriada é a resina epóxi, que um adesivo estrutural com propriedades de colagem muito superiores às da resina poliéster, e ainda por cima não sofre osmose, sendo uma barreira eficaz contra futuras infiltrações.

As técnicas de epóxi e compensado naval que ensinamos em nosso Curso de Construção Naval Online também permitem construir peças estruturais e de mobiliário que podem ser incorporadas, com resina epóxi, a um barco de fibra de vidro. Fizemos uma troca de antepara em um veleiro de 33 pés, um trabalho estrutural que exigiu a remoção da antepara principal da embarcação e sua substituição por uma nova, feita em 3 partes para poder entrar pela gaiúta. Toda a colagem foi feita com resina epóxi e tecido de fibra de vidro, ao contrário da colagem original, com manta de vidro e resina poliéster. A colagem original já estava descolando em vários pontos, naturalmente, mesmo onde não tinha vestígios de osmose. Isso pode surpreender muita gente, mas é uma questão que sempre frisamos em nossos cursos. Sistemas epóxi são estruturalmente muito mais eficientes do que resinas poliéster, e mais adequados para reparos e manutenção.

O reparo de um casco danificado pode valer a pena, em especial se você for fazer o trabalho por conta própria. Por isso vale a pena aprender as técnicas de reparos em casco de fibra de vidro ensinadas pelo Madeira Mar. No curso abordamos não a penas a manutenção em cascos maciços de poliéster, mas também cascos de construção sanduíche de epóxi-carbono-divinycell, como os usados em barcos de alta performance como esquifes de remo olímpico.

Se você quer aprender as técnicas e materiais mais modernos para reparos de cascos de fibra de vidro, seja para fazer a manutenção de seu barco, seja para trabalhar profissionalmente na área, você precisa fazer nosso Curso de Reparos de Barcos de Fibra de Vidro, telepresencial, que será transmitido ao vivo para todo o Brasil dias 26 e 27 de novembro! As vagas são limitadas a 20 pessoas, para que todos possam interagir e trazer suas dúvidas e trocar experiências. Este curso está sendo oferecido em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco e Clube Náutico Capibaribe, com apoio da Redelease.

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